terça-feira, 26 de janeiro de 2010

TEATRO OU ENTRETENIMENTO




Sim eu amo Improvisação! Sim eu fui um dos precursores do Teatro Improvisacional no oeste do Paraná! Sim eu já estudei com Mauro Zanatta(Curitiba), Pierre Duschamp (Paris) e Renan Luega (Madrid) Vinicius Messias (Rio de Janeiro), e muito mais sobre a arte improvisacional! Sim meu trabalho é inteiro com base na Improvisação! E é por isso que tenho muita segurança no que digo.

Será que o Teatro Improvisacional é limitado?
Sim, é! Quando criado por Keith Johnstone em 1950, Keith queria um estilo de teatro que não tivesse limites, pois ele já estava cansado dos limites impostos a ele na escola.
O jogo improvisacional que repercutiu por todo Brasil nesses últimos anos, nada mais é que um fragmento do verdadeiro , pois quando você coloca divisões no espetáculo, separando o espetáculo em jogos você está colocando limites , então:
KEITH =/= LIMITAÇÕES

Quando comecei com a Improvisação fiquei muito satisfeito com o resultado do espetáculo, desde o jogo em si, quanto a reação do público, todos rindo, todos participando e foi ali que achei o meu teatro favorito. Mas o tempo vai passando , idéias vão se formando, o estilo se popularizando na internet e nas televisões. Então, comecei a perceber que algo que poderia ser estudado para o novo , tem tudo para ser banalizado como outros movimentos teatrais já propostos.
Essa banalização do teatro improvisacional é normal, pois pela falta de preparo da grande maioria dos atores teatrais, os atores sugam uma idéia até ela ficar insuportável de ser prestigiada. São vários os exemplos, o Stand-Up, um estilo de teatro criado nos bares para que os atores pudessem contar as desgraças de sua vida , se tornaram nojentos e impossíveis de engolir, pelo despreparo dos atores populares desse estilo, destaco aqui , Diogo Portugal, quantos minutos você consegue ouvir a voz dele? No teatro ou no programa da RPC?
Outro exemplo da banalização teatral acontece no "Teatro Curitibano", sem exagero, em 2009 eu e assisti em torno de trinta espetáculos em minha cidade, dessas trinta em vinte e cinco eu vi um pinto balançando ou tetas mirando para o chão e para o teto. E isso não começou agora em Curitiba, mas os diretores e os atores com seus pensamentos pseudo-intelectuais, consegueguiram banalizar até o corpo do ser humano. E que fique claro que estou falando de alguns diretores de Curitiba e não de grandes encenadores com Zé Celso que tem um (Porque) dos atores estarem nus em palco.
Zé Celso é uma proposta real e que funciona!

Pois bem, não sou nenhum oráculo e nem quero atuar como vidente mas o Teatro Improvisacional, tão bem executado por Marcio Balas (João Grandão) e pelos Barbichas está perto do fim, pois está perto da banalização.


8 comentários:

  1. Eu mesmo, acho que não tem pior do que um jornalista fazendo stand-up, ou o Marcos Mion tentando acompanhar os Barbixas no Quinta Categoria. O humor vai saturando, as formas de fazer humor são sim, sugadas, porque dentro de um contexto social, uma delas sempre funciona melhor.

    Podemos ver o besteirol do Casseta & Planeta, que já foi muito engraçado, tornar-se um programa menos respeitado que o Zorra Total. Hoje, não basta fazer humor com contexto, tem que ser ousado, tem que ser espontâneo, e é isso que a improvisação traz. Mas a improvisação sem talento, e sem freios, vai desgastar esse estilo, como o besteirol se desgastou entre a era do Monty Python e o Casseta & Planeta.

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  2. nossa Alfredo muito bom seu texto...ainda bem que temos vc e sua galera que tem um trabalho fantastico com improvisação.

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  3. Infelizmente concordo contigo...ótimo texto, realmente é triste saber que para vários "artistas" hoje, o contemporaneo nada mais é do que textos sem nexo e nudez gratuita, depende do local que eu estou, sinto até vergonha em dizer que sou ator, porque posso ser confundido com um striper ou um maluco que sai berrando pra lá e para cá, emfim,,,ainda tenho esperanças...e quanto ao improviso, é triste, mas o "pop improviso" já está ficando insuportável.

    Abraços Alfredo...saudades de ti
    :p

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  4. Que o modismo é passageiro nos sabemos.
    O que não sabemos é quanto tempo dura...
    Mas eu acho que alem do modismo que já nasce fúnebre o que importa aos atores que tem interesse em fazer espetáculos de qualidade é o trabalho continuo de pesquisa.
    Grupos de improvisação existem um em qualquer lugar... Mas grupos de improvisação de qualidade não.
    É natural ver na TV uma superficialidade de tudo que se cria em torno dos melhores projetos...
    Enfim... Eles têm livre arbítrio de fazer o que quiserem...
    Mas nos temos vontade e qualidade pra continuar fazendo bons espetáculos de improviso mesmo depois de a moda passar.

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  5. Sabia que essa turminha não escaparia da crítica. hehehe! O programa é legal. Mas sim, o formato está banalizado, e banalização só é bom para quem descobre a coisa no meio do processo. Quem já conhecia antes não gosta de ver seu filhote sendo discutido por qualquer um.

    O programa em si é uma cópia barata do Whose Line is it anyway. Barata pq o Whose Line matava a pau. Era tão bom que nem dava pra saber que era improvisado, mesmo com todo mundo falando que era. Diferente dos Barbixas, que todo mundo acredita que é improvisado, e pior, se acha capacitado para fazer o mesmo. Agora, quem é que teria a ilusão de fazer igual os caras do Whose Line há alguns anos???

    Mas estão banalizando tudo. Os stand-ups que antes só pessoas como Seinfeld, Jim Carrey, e outros de peso faziam, agora qualquer um está fazendo.
    Mesma turminha que assiste Monty Python e tenta trazer o formato 'esquete besteirol' para os moldes brasileiros, critica o Jô por estar copiando o modelo talk-show americano em seu cenário enquanto posa de original. É só ele?

    P.S foi mals, Alfredão, escrevi outro texto. haha

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  6. VALEU ANA!! DEU PRA VER QUE VOCÊ É UMA ÓTIMA ALUNA

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