Amigo ou médico?
Sabemos que julgar uma classe de pessoas pela atitude da maioria é um erro. No entanto devemos questionar sobre o verdadeiro objetivo da medicina.
Ao chegar no hospital o ser humano está com muito medo de se tornar um paciente, então ele observa a tudo e a todos com desconfiança . Ao pedir ajuda da recepcionista (maioria) ela atende de forma fria e com um certo desprezo pois sabe que tendo saúde, ela se torna mais que a paciente. Após conversar com essa assalariada ela descobre que deverá aguardar algumas horas pois o médico que atende pelo SUS acha que já faz demais e pelo salário que recebe deve menosprezar o meio em que exerce sua função, então chega na hora em que bem entender.
Após duas horas de choro, de um cheiro nauseabundo, de cenas desesperadoras e da frieza dos funcionários, ela é chamada para atendimento.
Seu mal é um disturbio no metabolismo da glicose do organismo, a famosa diabete. Doença essa que parece inofensiva em seu começo mas que muitas vezes age de forma direta a transformar uma vida em uma tragédia.
O nome da paciente Maria Aparecida Oliveira, sua idade 42 anos , possuí 4 filhos , mãe solteira , seu marido traiu ela e foi embora com sua irmã, seu sonho que seus filhos se tornem "gente de bem".
O médico MANDA a recepcionista chamar o próximo paciente pelo número como se este fosse um boi e estivesse sido chamado para tomar uma injeção da febre aftosa.
É o número 42, o número da dona Maria que em sua cabeça, pensa a coinscidência deste número ter haver com sua idade. Ela entra e o médico MANDA que ela sente-se. Entrou com um sorriso no rosto pois sentiu-se protegido pelo médico, logo mudou a expressão ao entrar em contato com a frieza e o sentimento de profissionalismo do doutor.
Ela fala sobre dores nos pés e sobre algumas manchas roxas que surgiram nos ultimos meses. O doutor não examina a paciente pois percebe que a senhora está suada e com um mal cheiro, pois havia andado de sua casa até o hospital, para economizar o vale transporte. No entanto ele receita a ela um remédio qualquer para que a dona Maria fosse para casa e seu cheiro não contaminasse seu consultório.
E assim acontece durante meses e o médico nota que a mancha aumenta a cada dia , porém a sua paciência para o SUS está acabando.
Dona Maria preocupada vai até a igreja nova perto de sua residência e pede para o pastor para que ore por sua saúde, após pagar 12,50 para o pastor , o pastor reza e diz que ela está curada. Dona Maria não vai mais para o hospital pois acredita ter sido curada, sendo assim não precisaria mais ser alvo das inúmeras atitudes entorpecidas dos funcionários do hospital.
Certo dia Dona Maria vai levantar da cama e acaba caindo, pois seu pé direito não conseguia mais sustenta-la de pé. Ela chama o moto-táxi e pede para ir até o hospital. Ao chegar entra mancando e nota que cordialidade não é o forte para os funcionários da saúde pública. Desta vez aguarda menos, pois muitos pacientes foram curados pelos pastores das inúmeras igrejas de sua cidade. Ela entra no consultório mancando e o mesmo doutor que havia receitado um remédio inútil , olha para seu pé e suspira fundo , pois os pés de Dona Maria estavam prestes a não ser mais os pés de Dona Maria.
E como dar a notícia? A resposta é clara, a notícia foi dada de forma fria, concreta, direta e com uma certa dose de abatimento, no entanto ele estava atrasado para atender em outro hospital que paga através do plano de saúde, ou seja era urgente.
Dona Maria senta em frente ao hospital e pensa o que vai fazer sem os pés já que necessita deles para trabalhar e sustentar seus 4 filhos. Mas a maior preocupação de Dona MAria era o que falar para seus filhos. O moto táxi chega e ela volta para casa. Reúne seus filhos na mesa, desliga a televisão e conta a todos a novidade. Os meninos choram e os 5 rezam antes da janta e agradecem a Deus pelo pão de todo dia.
No outro dia ela vai até o hospital e o doutor MANDA que ela seja internada, para que se iniciasse todo o processo para a amputação dos pés de Dona Maria. Seus pés são tirados de seu corpo em duas horas de cirurgia. Ela volta para seu quarto e ao lado de seus filhos ela chora e pede para que os meninos não se desesperem , pois o governo é bom e ela poderia se aposentar por incapacidade, precisaria apenas que solicitar o pedido. Ou seja em meses ela estaria aposentada e poderia continuar a vida normal.
Ah! Esqueci de falar um dos filhos sonha em ser médico, mas não pode, pois estuda em um colégio público e sua professora de Biologia não vai dar aula, pois tem um caso com o médico e usa o horário de serviço para manter a relação com seu DOUTOR!
Sabemos que julgar uma classe de pessoas pela atitude da maioria é um erro. No entanto devemos questionar sobre o verdadeiro objetivo da medicina.
Ao chegar no hospital o ser humano está com muito medo de se tornar um paciente, então ele observa a tudo e a todos com desconfiança . Ao pedir ajuda da recepcionista (maioria) ela atende de forma fria e com um certo desprezo pois sabe que tendo saúde, ela se torna mais que a paciente. Após conversar com essa assalariada ela descobre que deverá aguardar algumas horas pois o médico que atende pelo SUS acha que já faz demais e pelo salário que recebe deve menosprezar o meio em que exerce sua função, então chega na hora em que bem entender.
Após duas horas de choro, de um cheiro nauseabundo, de cenas desesperadoras e da frieza dos funcionários, ela é chamada para atendimento.
Seu mal é um disturbio no metabolismo da glicose do organismo, a famosa diabete. Doença essa que parece inofensiva em seu começo mas que muitas vezes age de forma direta a transformar uma vida em uma tragédia.
O nome da paciente Maria Aparecida Oliveira, sua idade 42 anos , possuí 4 filhos , mãe solteira , seu marido traiu ela e foi embora com sua irmã, seu sonho que seus filhos se tornem "gente de bem".
O médico MANDA a recepcionista chamar o próximo paciente pelo número como se este fosse um boi e estivesse sido chamado para tomar uma injeção da febre aftosa.
É o número 42, o número da dona Maria que em sua cabeça, pensa a coinscidência deste número ter haver com sua idade. Ela entra e o médico MANDA que ela sente-se. Entrou com um sorriso no rosto pois sentiu-se protegido pelo médico, logo mudou a expressão ao entrar em contato com a frieza e o sentimento de profissionalismo do doutor.
Ela fala sobre dores nos pés e sobre algumas manchas roxas que surgiram nos ultimos meses. O doutor não examina a paciente pois percebe que a senhora está suada e com um mal cheiro, pois havia andado de sua casa até o hospital, para economizar o vale transporte. No entanto ele receita a ela um remédio qualquer para que a dona Maria fosse para casa e seu cheiro não contaminasse seu consultório.
E assim acontece durante meses e o médico nota que a mancha aumenta a cada dia , porém a sua paciência para o SUS está acabando.
Dona Maria preocupada vai até a igreja nova perto de sua residência e pede para o pastor para que ore por sua saúde, após pagar 12,50 para o pastor , o pastor reza e diz que ela está curada. Dona Maria não vai mais para o hospital pois acredita ter sido curada, sendo assim não precisaria mais ser alvo das inúmeras atitudes entorpecidas dos funcionários do hospital.
Certo dia Dona Maria vai levantar da cama e acaba caindo, pois seu pé direito não conseguia mais sustenta-la de pé. Ela chama o moto-táxi e pede para ir até o hospital. Ao chegar entra mancando e nota que cordialidade não é o forte para os funcionários da saúde pública. Desta vez aguarda menos, pois muitos pacientes foram curados pelos pastores das inúmeras igrejas de sua cidade. Ela entra no consultório mancando e o mesmo doutor que havia receitado um remédio inútil , olha para seu pé e suspira fundo , pois os pés de Dona Maria estavam prestes a não ser mais os pés de Dona Maria.
E como dar a notícia? A resposta é clara, a notícia foi dada de forma fria, concreta, direta e com uma certa dose de abatimento, no entanto ele estava atrasado para atender em outro hospital que paga através do plano de saúde, ou seja era urgente.
Dona Maria senta em frente ao hospital e pensa o que vai fazer sem os pés já que necessita deles para trabalhar e sustentar seus 4 filhos. Mas a maior preocupação de Dona MAria era o que falar para seus filhos. O moto táxi chega e ela volta para casa. Reúne seus filhos na mesa, desliga a televisão e conta a todos a novidade. Os meninos choram e os 5 rezam antes da janta e agradecem a Deus pelo pão de todo dia.
No outro dia ela vai até o hospital e o doutor MANDA que ela seja internada, para que se iniciasse todo o processo para a amputação dos pés de Dona Maria. Seus pés são tirados de seu corpo em duas horas de cirurgia. Ela volta para seu quarto e ao lado de seus filhos ela chora e pede para que os meninos não se desesperem , pois o governo é bom e ela poderia se aposentar por incapacidade, precisaria apenas que solicitar o pedido. Ou seja em meses ela estaria aposentada e poderia continuar a vida normal.
Ah! Esqueci de falar um dos filhos sonha em ser médico, mas não pode, pois estuda em um colégio público e sua professora de Biologia não vai dar aula, pois tem um caso com o médico e usa o horário de serviço para manter a relação com seu DOUTOR!
Uaaau!
ResponderExcluirSe não estou enganada já li esse seu texto um tempo atrás. É realmente muito bom (e chocante)!
Um dia disseram-me que quando voces, super-heróis de nariz vermelho, entram no hospital e conversam com os pacientes, parecem que surgem poderes sobre-humanos, uma força impar de acalentar almas e aliviar dores. Disseram-me tambem que quando as visitas acabam, parece que um peso enorme saem de vossos ombros e que voces podem chorar, serem humanos enfim.
ResponderExcluirQuem dera o "poder" que existe por ai dar genese a mais atitudes como as de voces.
Infelizmente essa é uma das realidades da saúde pública, porém há também o outro lado! E é por ele que devemos lutar sempre. Para os profissionais de saúde: exercer sua atividade com humanidade pois um dia poderá ser vc o usuário. E para todos: devemos sempre saber de nossos deveres e direitos! Muito bom Alfred trazer isso pra todos nós! :D E parabéns pelo seu trabalho sempre!!!
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